30 março 2010

pegada de urso



Há dias em que a refeição vira brincadeira. Mesmo quando não o estava a ser, pode surgir um factor que despolete a diversão. No prato da M. houve uma gota de azeite que se destacou e a chamou a usar a sua criatividade. Com o garfo fez-lhe mais umas pintinhas e exclamou contente: "Olhem, uma pegada de urso!".

There are days when a meal becomes a joke. Even when it was not to be, may well appear a factor that triggers the fun. In M.'s plate there was a drop of olive oil that stood out and called her to use her creativity. With the fork she made a few more pints and cried happy: "Look, a bear's footprint!".

29 março 2010

escrito na cara



A pedido da M., para complementar um artigo que estamos a preparar no blog dela, cá está mais um post sobre livros infantis:

Histórias Escritas na Cara
Cada avó é um livro de contos

Ela lembrou-se desta história a propósito da história que estava a inventar para uma das suas mini-mascotes.



Adoro este livro! Aliás, adoramos! É de uma ternura imensa. Gosto muito desta autora (Isabel Zambujal) e a ilustradora (Madalena Ghira) também não poderia ter sido melhor escolhida.
Era uma vez uma avó que contava historias à sua neta, com um espelho no colo. As histórias eram as da sua vida e estavam escritas não num livro, mas na sua própria cara. Rugas, cicatrizes, sinais, eram marcas que tinham muito que contar. Umas, lembranças bonitas, outras nem tanto. Mas todas suas. Nalgumas punha creme, para que permanecessem serenas. Noutras não, porque não queria que desaparececem da sua lembrança. E até a netinha aprendeu que há rugas que não queremos que desapareçam. Em vez de lhe pormos creme damos-lhe um nome, para recordarmos a bela história de que foi testemunha.
Vejam um pouco, só para aguçar o apetite:



E depois diz coisas do género: "(...) pé de pobre não tem número. E pobre não troca de roupa, a roupa é que troca de pobre." Uma verdadeira delícia!



Referência Bibliográfica:
"Histórias Escritas na Cara"
Texto - Isabel Zambujal
Ilustrações - Madalena Ghira
Oficina do Livro, 2008.

28 março 2010

início de férias



Levámos a pequenina a visitar o Convento de Jesus em Setúbal. Sabiam que esta obra, hoje em dia o resquício do que outrora fora, foi, nos seus tempos áureos, a responsável pela existência tal como é do Mosteiro dos Jerónimos (em Lisboa)? Ahh pois é! Ao que parece o Rei esteve uns tempos por aqui e gostou tanto deste convento que contratou o mesmo arquitecto para fazer uma réplica em maior escala e com maior orçamento, em Lisboa. Isto foi o maridão, que é um curioso destas questões históricas, que me contou. E eu ando a tentar convencê-lo a fazer uns apontamentos deste género, de curiosidades históricas nomeadamente desta região, para postar aqui no blog, ou quem sabe até publicar mais tarde mesmo em livro.
Já que ali estávamos, fomos também até ao Museu de Setúbal, que ainda está em obras. Agora, a visita resume-se a uma sala com pouco mais de uma dúzia de obras para ver. Soube a pouco! E o empenho do guia da primeira visita em oposição ao visível "frete" feito pelo recepcionista da segunda, foi desagradavelmente notório. Alheios a isso, fizemos questão de levar o tempo que desejámos a apreciar as obras quinhentistas expostas. No final incentivámos a M. a deixar a sua opinião no Livro de Visitas do Museu, o que ela fez de bom grado. Então escreveu pela sua própria mão, a seguinte mensagem: "Gostei de tudo, principalmente do copo com sininhos.", referindo-se a um cálice eucarístico em ouro.

26 março 2010

lembrancinhas e decepções ecológicas



Afinal sempre consegui terminar dois pequenos projectos de Páscoa, ontem. Era imperativo que assim fosse. A M. queria mesmo muito levar umas lembrancinhas à professora e à directora, que até se mascarou de coelho para fazer a Caça ao Ovo de Páscoa, no outro dia. Então para a directora segue uma cenoura e para a professora um ovo decorativo.
Fizemos uns saquinhos para servir de embrulho e aproveitámos duas das etiquetas do Natal (com heras, claro, porque a M. gosta muito) que tinham sobrado, para a M. escrever os votos de Páscoa feliz.



E agora mais duas mensagens ecológicas muitíssimo importantes:

A HORA DO PLANETA terá lugar já amanhã entre as 20:30h e as 21:30h. Vamos todos participar e apagar as luzes durante uma hora. Há muita gente que critica a hipocrisia desta acção, pois muitos dos que prontamente se mostram receptivos a ela, são também os que, em prol de interesses económicos, vetam projectos ecológicos que poderiam há muito fazer partes do nosso dia a dia. Mas eu cá acho que todas as acções deste género são pertinentes, independentemente de haver muitos hipócritas a fazer boa figura à custa delas. Só critico um pouco o nome da iniciativa, porque "Hora do Planeta" são todas, não nos esqueçamos nunca. Nós é que teremos as nossas horas, neste planeta, contadas se não revermos urgentemente as nossas acções diárias. Inclusive os tais senhores e senhoras que hipocritamente fazem figura politicamente correcta nestas ocasiões. Sim, porque não estarão com certeza à espera que os biliões que arrecadam à custa da deterioração do ambiente lhes vão guardar (a eles ou aos seus descendentes) um cantinho de céu num planeta destruído, pois não? Ou será que a ideia é ter dinheiro suficiente para partir em busca de outro planeta habitável? Aventureiros os senhores!!!

E mais uma decepção: afinal os tais sacos 100% degradáveis que os nossos tão úteis hipermercados nos distribuem, umas vezes gratuitamente outras fazendo ainda mais lucro às nossas custas, NÃO SÃO BIODEGRADÁVEIS. Estamos, uma vez mais, a ser enganados às custas da saúde do planeta. É publicidade enganosa o que diz nos sacos dos grandes grupos Auchan e Continente. E mais milhões para os bolsos dos senhores dos hipers. Alguns ecologistas fizeram vários testes aos ditos sacos e verificaram que afinal não se deterioram a curto prazo. Para mais pormenores leiam este artigo, de onde retiro a conclusão a que chega Rui Berkemeier do Centro de Informação de Resíduos da Quercus: "A que se deve esta situação? «Se calhar não têm o aditivo suficiente que permite a degradação, porque é caro», tenta avançar com uma explicação Rui Berkemeier. «Sem aditivo são iguais aos outros sacos de plástico»". E PIOR: nem sequer são recicláveis! Ao que parece, mesmo depois da combustão, persistem os resíduos. Peço desculpa aos senhores da reciclagem, pois tenho-os deitado, depois de os reutilizar para vários fins, no Ecoponto Amarelo.
É por estas e por outras, que não me sinto muito esperançada na salvação da vida na Terra. :(

25 março 2010

ai... o tempo!....



Ando há algum tempo a pensar na Páscoa. Mas o tempo... ai... o tempo, esse tirano... que nos impõe o seu ritmo sem complacência...
Já tenho algumas coisas arquitectadas, só falta concluí-las. Mas de hoje não passa. Alguma coisita TEM que ficar pronta hoje!

24 março 2010

Chiu!



Gostei muito deste livro. Quero falar-vos um pouco dele. "Chiu!" tem um texto muito imaginativo, com ilustrações que conjugam várias técnicas e que espelham o que se sente lendo o texto: doçura e criatividade. Nota-se que o ilustrador é também um dos autores do texto.
"Chiu!" conta a história de um menino que adora o mundo dos sonhos. Mas, a partir de certo dia, começa a sonhar "vazio". E é engraçada a forma como os autores resolveram ilustrar a ideia de "vazio", que pode ser abstracto para muitas crianças, através de um buraco numa das páginas. Para perceber o que se está a passar e tentar resolver a questão, João, assim se chama o menino, pede ajuda ao seu pai e os dois vão até ao mundo dos sonhos. Aí localizam o problema, mas é a mãe quem irá resolver o assunto. Neste livro, o pai é o companheiro de aventuras e a mãe é a "salvadora da pátria", sempre que há problema, tal como em tantas famílias. :)
"Chiu!" é uma proposta muito gira da Editora "O Bichinho de Conto" (2006). As ilustrações são do Paulo Galindro, que é co-autor do texto com Mafalda Milhões.

palmirices e sementinha



Prontinho! Recebi os vossos recados (A propósito, obrigada!) e aceitei esta ideia. Um pauzinho para reforçar o meu girassol, que de tão espigadote corre o risco de partir com o peso. Dá-me uma trabalheira fazê-lo crescer assim direitinho, o que pensam? Ele, como todo o bom girassol, inclina-se para o lado de onde recebe a luz do Sol. Entao, eu passo a vida a rodar-lhe o vaso. Qualquer dia fica tonto, pobre coitado! :)



E a Palmira? Há quem pergunte, volta e meia. E com razão, pois agora que acalmou já não me dá tanto assunto para falar dela.
Está bem de saúde. Em cima, ainda antes da tosquia, acompanhada pela Jaggets. Aqui em baixo, a brincar com o "Sr. Mauzão" (que já virou companheiro) e o carro das Bratz, porque a M. não se conforma de não existirem brinquedos para coelhos. Por mais que lhe digamos que eles roem tudo e que lhes pode fazer mal à barriguita. ela simplesmente não quer saber. Tem que arranjar brinquedos para a Palmira e ponto final. Este carro já quase não tem cintos de segurança, à conta disso. E a barriga da Palmira continua a funcionar bem. Acho que não deve haver muita diferença entres estes cintos e as forras dos fios eléctricos. No outro dia escapou-se e lá tratou da saúde ao fio do aspirador!



Agora aqui, podem vê-la depois da tosquia. Como a coelha não gosta muito de colo e de parar quieta, ficou assim, aos altos, só me faz lembrar um ananás albino! :) Mas o pêlo cresce depressa e não tarda está todo certinho outra vez. Por agora, está mais fresca e pequenina. Até parece outra. Fica tão mais fofa! :)

23 março 2010

:)


[James Morrison - Get To You]

E uma publicidade bem divertida e original, de um catálogo holandês de vendas pela internet. Mas para a veres vais ter que clicar no link abaixo. Clicas, esperas um pouco que carregue e depois não mexas em nada. Passados poucos segundos começas a ver acontecer.

22 março 2010

A primavera tem destas coisas...



Já cresceu isto tudo! Não sei bem quando a vou ter que mudar para um vaso maior, mas até tenho medo de pensar nisso, pois as minhas aptidões no mundo da jardinagem não são grande coisa. Acho sinceramente que quando lhe tocar será o seu fim, pobre planta. Estou ansiosa para lhe conhecer a primeira florzinha. Imaginem, um girassol em miniatura!...
Aqui em baixo, podem ver como está espigado-ta. E uns vidros a precisarem de muita energia braçal! :) Alguém se oferece? Já agora deixemos passar a fase da polinização dos pinheiros que é infernal. Já tenho novamente o carro todo amarelo fluorescente! :) E até a M. notou. Já vamos na segunda semana, embora só ontem tenha chegado oficialmente a Primavera. Já não deve faltar muito para sossegar a poeira. Nem a roupa ecapa. A escura então...!!!

20 março 2010

bóina e casaco



Foi a avó que fez tanto a boina como o casaco.
Parece uma francesista! :)



Agora dois links:

Sara na Lua, diz-vos alguma coisa? A mim diz-me beleza, bom gosto, arte... Enfim, regalo para os olhos. Adoro tudo o que sai das mãos da Sara. Agora, ela e o João (sua cara metade e artista também talentosíssimo) resolveram abrir uma loja online no Etsy. Aqui, algumas imagens da "Estrelas de Pedra Lua - Oficina Criativa". Aqui, a explicação do nome da loja.

Aqui, profissões antigas dos Estados Unidos da América.

19 março 2010

para o pai



Como já devem ter dado conta, hoje é Dia do Pai. Cá em casa fizemos bolonihos de massa folhada. Mas como os meus dotes de doceira deixam sempre muito a desejar, esta vez também não foi a excepção. :) A parte de cortar a massa com as formas ( * * ) correu bem. Depois a calda com o açúcar, também. Em seguida foram para o forno e, para não variar, esqueci-me deles lá dentro demasiado tempo. Como resultado ficaram ligeiramente "farruscos". Mas, enfim,... nada que não se pudesse comer. Até que ficaram bem saborosos. A M. adorou-os. Fartou-se de comer, mas sem a compota, que ela diz ser doce demais. Compota boa esta, na minha opinião. Eu que até não sou propriamente fã de compotas, gostei muitíssimo desta. A acidez da framboesa corta um pouco o doce excessivo das compotas. Quero experimentá-la em crepes ou waffles. Acho que vou gostar. Mas se repararem na forma dos bolos, alterou-se um pouco. Não estava à espera que isto acontecesse. Para começar, não estava à espera que encolhessem tanto. E depois que não encolhessem de forma igual na largura e no comprimento. Então os círculos viraram elipses?!... Falta de prática, é o que é! :) Mas parece-me que a M. vai querer alterar isso. Já me pediu para fazer mais vezes estes bolinhos. Adorou!
Mas a ideia foi retirada de uma revista culinária da sogra. Muito simples de fazer e saborosa. Resolvi alterá-la ligeiramente para ficar mais ao nosso gosto. A ideia era recortar a massa e fazer outro recorte interior, sem cortar até ao fundo, para que, depois de ir ao forno, se pudesse retirar a "tampa" e rechear com doce, chantilly ou fruta. Pois! A ideia era essa, mas o certo é que, depois de ir ao forno, não deu para retirar "tampa" nenhuma.
Ficaram saborosos... Já não é mau! :)



E mais?
A M. ofereceu vários presentes ao pai. Para começar, encomendou-me um isqueiro com o personagem preferido dele. Ela ficou contente com o resultado e o pai pô-lo logo a uso, o que deu à M. uma profunda alegria. No carro só comigo, antes do pai chegar ao pé de nós, segredou-me feliz:
- O pai gostou mesmo muito do isqueiro.
E sorriu de orelha a orelha. :)
Depois fez-lhe mais umas coisinhas que podem ver no blog dela.

- Uuuaaa...!



Trouxemos esta tartaruga da Biblioteca e eu estou apaixonada por ela. Há uma fase dos bebés bem pequeninos, por volta de um mês de idade, quando já levantam a cabecita sempre que os pomos de barriga para baixo na cama, que parecem umas tartaruguinhas. Normalmente até fazem umas ruguinhas na testa com o esforço. Adoro!!! E esta tartaruga faz-me muito lembrar da M. nessa fase.
A tartaruga só queria dormir. Tinha tanto, mas tanto sono, que ia dormir todo o Inverno. Mas parecia sempre haver um amigo atencioso, preocupado com ela e com o tempo que ela iria hibernar, que aparecia sempre na hora em que ela se deitava e fechava os olhitos. Deu muita volta, esta pobre tartaruga, até conseguir o seu merecido descanso.
Da OQO Editora (2008), com texto de Roberto Aliaga e ilustrações de Alessandra Cimatoribus (o nome da ilustradora serve de link para o site dela, onde podem apreciar mais da sua arte). É uma proposta muito engraçada!



E agora uma técnica de "pintura", se assim posso chamar. Encáustica, já ouviram falar? Eu não, até ter passado hoje pelo blog da Milai. Fiquei fascinada com os trabalhos que se podem fazer com esta técnica. Realmente a imaginação não tem limites. E neste caso foi a criatividade que aguçou o engenho. Quem se iria lembrar de fazer pintura com ferros de engomar aquecidos para derreter cera colorida? Vejam aqui um monte de vídeos para perceberem melhor do que estou a falar.

17 março 2010

com tecidos



Aqui há tempos, na Biblioteca, fizemos colagens com tecidos.

ungfff... :(



Tenho uma agenda toda gira! Ahhh, pois tenho...
Mas de que me serve, se não olhar para ela com a devida antecedência?... :(

16 março 2010

no blog dela



No blog da M.desenhos digitais e um bom conselho para "quem tem a mania que não sabe desenhar". :) Já a formiga tem catarro!!!
E eu, sempre com tantos projectos em mãos, também tenho que arranjar um tempo para brincar com a mesa de desenho. Não é que não queria... Só ponho sempre mil afazeres à frente e acabo por esquecer.

15 março 2010

o pintor e o lobo


Ainda a recuperar de um resfriado como já não me lembrava há anos (porque como a M. diz, e graças a Deus, eu sou "demasiado saudável"), cá estou de volta para vos mostrar as ilustrações do conto O Pintor e o Lobo. Como vos disse, saíram da imaginação da M.. Serviu também de lição de história relativamente recente do nosso país, tanto para a M. como para outros pequenotes lá na Biblioteca. A M. queria desenhar peluches em cima do guarda-fatos no quarto! E não gostou nada de ter que desenhar assim as roupas do pobre homem, vestido de sobretudo. Mas foi ideia dela usarmos papel embebido em café, para parecer pedra velha, nas paredes da capelinha. Nessa primeira ilustração, as cortininhas e a manta também foram escolhidas por ela. E se repararem, o candeeiro na mesinha de cabeceira é dos de petróleo, porque antigamente não havia luz eléctrica nas casas.
Como vos disse, estamos a comemorar o primeiro centenário da Implantação da República. Tenho reparado também que em muitas actividades, programas, etc., dedicados às crianças, este tem sido o tema do momento. Não sei se é propositado, mas acho muitíssimo bem. Ainda há pouco no ZigZag, estava o Pedro em amena cavaqueira com o seu pai, a falar de como eram as televisões antigamente. Isto faz-me lembrar o "Conta-me Como Foi". Pena que não é muito apelativo para crianças. Mas no site sempre dá para lhes mostrarmos algumas fotos e rirmos com as diferenças de hoje em dia. A risota funciona sempre muito bem com as crianças. E aprendem imenso.
Bom, mas então cá ficam as ilustrações terminadas para que as possam ver. Foram desenhadas pela M. e coloridas por mim. Usámos varias técnicas, como já se devem ter apercebido. Colámos folhas, florzinhas, diferentes tecidos, letras recortadas...
A história fala-nos de outra época do nosso país. Um homem, o pintor, trabalhava muito longe da sua casa e tinha que ir a pé, porque não tinha dinheiro para comprar nem sequer uma bicicleta. No Inverno, atravessava a serra cheia de neve. Certo dia teve um encontro pouco simpático com um lobo. Não foi fácil, mas graças à sua coragem lá conseguiu vencer o animal. Assim, pôde seguir o seu caminho e chegar ao trabalho, pela manhã.
Um conto de tradição oral, adaptado por mim e ilustrado por mãe e filha.



E lembro-me que, há muito, muito tempo, escrevi e ilustrei uma das histórinhas da Matilde. A ver se agora, com a ilustradora principal entusiasmada, conseguimos ilustrar muitos dos contos que tenho na gaveta.

13 março 2010

... pela minha cidade ...

Andei um pouquinho pela minha cidade... e que saudades que eu tinha! Vou lá tão pouco agora. Quero ir mais. Gostava de ir para lá de manhã cedinho e andar, andar... olhar, olhar... por aqui, por ali, por além... Fotografar também. Gostava!
Aproveitámos que o teatro era no Trindade e passeámos um pouco pelo Miradouro de S. Pedro de Alcântara e pelo Largo do Chiado.








tanto mimo

Cá estamos a recuperar de umas macacoas esquisitas, a meio gás, muito enferrujadas... eu e a M..



Fui presenteada pela querida Fimomina! Adorei tudo!!! Aliás, adorámos, pois a M. também não pára de andar a namorar todas estas coisinhas lindas. Muito obrigada, querida!

E por falar em desafios, tenho mais um para responder. Chegou-me através da amiga Corte Y Grif no Flickr. Muito obrigada por te lembrares de mim!

4 lugares para comprar:
- IKEA
- Homes in Heaven
- Feiras de Antiguidades
- Feiras de Artesanato do Mundo

4 cheiros:
- Cheiro da casa da minha avó
- Cheiro da casa da minha tia
- Cheiro de Primavera
- Cheiro de livros e cadernos novos

4 coisas que me fazem sorrir:
- A felicidade da minha filha
- As crianças ou bebés em geral
- Uma boa piada
- A sensação de um desafio vencido

4 pessoas para desafiar:
- Manuela
- Rita
- Anita
- Cassildinha

12 março 2010

novidade no catálogo



A M. continua doentinha. Desta vez é que parece que a doença se está a declarar, pois até aqui tem estado em "banho-maria". Pareque que não vai lá sem anti-biótico.

Mas finalmente tive um tempinho para pôr novidades no catálogo. Estes isqueiros desenhados à mão são os meus primeiros e estou muito contente com o resultado. Acho-os um charme! Mas claro, sei que nesta matéria sou suspeita. :)

Deixo-vos também um link para uma ideia fabulosa para criar arte com rolos de papel higiénico. Não sei porque, os rolos vazios sempre me fascinaram. Gosto da textura deles, da cor... Já sabem que sempre que posso os reciclo, transformando-os em eco-embalagens. Esta artista teve uma ideia fantástica. E o resultado é, além de muitíssimo criativo, lindo!!! Este trabalho foi-me dado a conhecer no blog Perdi o Fio à Meada.

Outra novidade, que já não o é assim tanto, pois já está disponível há algum tempo, é o eBook Incentiv'arte. Nele podem ver os trabalhos de vários artesãos e artistas, que colaboraram com o Projecto PIPA. Eu também lá estou representada.

10 março 2010

romances infantis

Hoje, dia de contar a histórinha na Hora do Conto da Biblioteca, trago-vos duas histórias maravilhosas. Depois mostro mais das ilustrações do meu conto.



Foram as duas escritas pela Margarida Rebelo Pinto e ilustradas pela Carla Nazareth.
A primeira Chama-se "A Rapariga de Perdeu o Coração" e começa de forma bonita e sonhadora, depressa descambando para o drama. Eu ainda não li estas histórias à M., li-as primeiro para mim. Lembro-me de ter pensado, à medida que lia este livro: "-Eu não lhe vou ler isto! Está a ficar tão negro que não sei onde isto vai parar. Vou mas é esperar que ela tenha mais idade e leia por ela própria, numa altura em que já consiga digerir melhor todos estes sentimentos.". Mas depois pensei melhor. Se calhar é melhor que seja eu a explicar-lhe estes sentimentos menos cor-de-rosa que o ser humano, em particular as crianças, sentem por vezes. Mas tanta conversa e ainda não vos expliquei de que sentimentos tão negros estou eu para aqui a falar. Trata-se de uma tristeza muito profunda, causada pela separação dos pais, tão profunda ao ponto da menina da história pedir para que lhe tirem o coração. Imaginem! Eu já estava com medo de assistir a um suicídio ali à minha frente, escarrapachadinho nas páginas do livro. Ainda por cima, de uma criança! Isto traz-me à memória o caso recente do menino do Rio Tua, o Leandro com apenas 12 anos, mas isso é outra conversa, também ela muitíssimo séria, apenas não para aqui chamada. A menina desta história, como eu estava a dizer, passa pela separação dos pais e sofre imenso com isso. Mas vai deixando a vida passar por ela, até que no desfecho da história, [e é aqui que a Margarida (autora) é realmente fantástica - nos finais que inventa para as suas histórias - coisa que não aconteceu com o livro de que vos falei anteontem (a história é linda mas o final parece-me um tanto despachado, remetendo para o leitor a imaginação que faltou à autora para a finalizar)], a autora agarra todos os pormenores da história, cada um mais bonito que o outro, e remata-os numa linda história de amor. É um texto escrito certamente a pensar em tantas crianças (especialmente meninas, pois trata-se de um romance bem forte) que vivem a separação dos pais, o desmoronar do seu mundo em idades muito precoces. Este livro lembra-lhes que pode haver vida para além daquele desmoronar. E acima de tudo, escolhi este livro para vos mostrar, porque ameiiii a história de amor e todos os seus pormenores. Sou uma romântica! O que posso eu fazer? ;)
E as ilustrações?! Podem ver algumas aqui em baixo. Não são maravilhosas? Eu adorei-as também.
Outro pormenor de que eu gosto particularmente nesta e na próxima história é a caracterização das raparigas sempre muito pro-activas, decididas e inteligentes. Neste caso, além disso se perceber na personalidade da menina, também se percebe no perfil de rapaz que ela escolheu para amar: "um rapaz (...) com a cabeça cheia de caracóis por fora e de ideias por dentro". Ela não queria simplesmente um miúdo giro, tinha que ter ideias também. :)





"Gugui, O Dragão Azul" é a história de um dragão e uma princesa que não gostava de ser princesa, preferia mil vezes ser ela própria (bonita, culta, viajada, inteligente e divertida) mas sem o rótulo da realeza. Mais uma vez a personagem feminina é toda emancipada e luta contra o seu destino de "princesa". É um conto de fadas que se transporta para a vida real. Mais uma vez a Margarida fez um belo final. Termina com a frase chave desta história: "a nobreza está na alma".



Referências Bibliográficas:
- A Rapariga que Perdeu o Coração, de Margarida Rebelo Pinto, com ilustrações de Carla Nazareth, Oficina do Livro , 2007.
- Gugui, O Dragão Azul, de Margarida Rebelo Pinto, com ilustrações de Carla Nazareth, Pais & Filhos , 2007.

08 março 2010

sonho e esperança

Há dias que reparei nisto, desde que começamos a ver o anúncio do novo programa do Miguel Sousa Tavares, Sinais de Fogo, na televisão. A junção da música, muito dramática, ao título, muito forte e dito com voz também ela dramática, perturbam a M.. Ela pode até estar distraída a brincar mas quando ouve aquilo alerta-me logo, também ela alarmada: "-Mãe, Sinais de Fogo!". Depois de por várias vezes eu lhe explicar que é só o nome de um programa de televisão e que não é preciso ela assustar-se com isso, hoje confrontei-a mesmo com os seus medos, para que ambas tentássemos perceber exactamente o que se passa na cabeça dela. Admitiu que lhe causa arrepios ouvir aquele anuncio, mesmo não percebendo o que a expressão quer dizer. Então expliquei-lhe e disse-lhe que é um título sensacionalista, trabalhado com música escolhida especialmente para captar a atenção das pessoas que o vêem. Isto tudo em linguagem apropriada à idade dela, é claro. Pareceu entender que não estava nada efectivamente a arder. Mas mesmo assim continua a perturbá-la. Temos que continuar a trabalhar a questão.

Agora o assunto principal deste post:



Foi um dos presentes da M. no Natal passado. É um livro muito bonito com uma história também ela lindíssima. Fala de sonho, de esperança e tem estas ilustrações fantásticas. Adorámos! É mais uma excelente aquisição para a sua biblioteca. Vejam este e outros, do Natal e Reis, aqui.



Referência Bibliográfica: A Rosinha, o Mar e os Sonhos, de Rosário Alçada Araújo, com ilustrações de Catarina França, Edições Gailivro, 2005.

"Não se Ganha, Não se Paga!"



Da primeira vez que aqui pus um candeeiro de tecto, não foi pelas melhores razões. Hoje não é assim, embora, curiosamente, tal como da outra vez, a história também envolva a M. e um pequeno percalço de saúde.
Ontem, comemorando antecipadamente o Dia da Mulher, foi dia de teatro para mim e maridão, enquanto, na casa da avó, a pequenina adoecia "de saudades". Encheu-se de febre, assim, sem pré-aviso, sem sinal nenhum de que isso iria acontecer. Hoje continua com febre e tosse. Ficou em casa para recuperar.
Mas voltando ao teatro: Foi no Teatro da Trindade e a peça chamava-se "Não se Ganha, Não se Paga!". Uma comédia meio negra de crítica social. Meio negra pois, porque a situação não está muito para graças. Gostei bastante. Boas interpretações, bom ritmo, contudo um espectáculo um pouco longo. Um texto muito divertido de Dario Fo, que continua tão actual. A história arranja sempre maneira de se repetir, não é verdade? Os homens até podem aprender com alguns erros, mas em geral ou aprendem pouco ou muito devagarinho. Então cá estamos, enterrados noutra crise, e é assustador ver como em todas as crises as dificuldades e as injustiças são absolutamente semelhantes.
Foi lá que olhei para o tecto, enquanto esperávamos que o espectáculo começasse. E que lindo que era o tecto. Toda a sala. Pequenina, mas um chame!!!
E agora, para assinalar o Dia Internacional da Mulher aqui no blog, deixo-vos o link para o post que fiz há exactamente um ano atrás. Continuo a subscrever aquelas palavras. Espero não as precisar referir daqui a poucos anos. Seria um excelente sinal.

05 março 2010

estranho animal



Ela anda tão mais dedicada à escola, tão mais doce, tão mais meiga, tão mais ela própria, a M. de antigamente que quase desapareceu a partir do momento em que entrou para a escola básica. Parece um sonho. Só espero não acordar! É tanto mel que nem parece vir naturalmente de uma menina tão pequena. Se eu não a conhecesse desde que ela se começou a formar dentro de mim, não acreditaria no quão atenciosa e preocupada com os que a rodeiam ela é. Às vezes revejo a minha mãe nessa faceta dela. Mas preocupa-me, porque as pessoas boas demais acabam por não ser boas para elas próprias. Mas para já prefiro mil vezes esta M..
No outro dia teve uma tarefa muito interessante como trabalho de casa. Tinha que criar um animal inventado a partir de partes de vários animais. Ela escolheu os animais, eu imprimi-os e ela fez o resto. Ficou um resultado bem engraçado. Vejam-no terminado aqui.
Obrigada a todos os que lhe dão carinho também lá no blog dela.

04 março 2010

prémio

Com a greve da Função Pública, a M. tem mais um dia sem aulas, visto que ontem também não foi porque teve que ir fazer um exame médico. E a somar a isto tudo teve mais cinco dias de "folga" na semana passada. Enfim... Longe de mim levantar a voz contra a greve. Eu que sou a resmungona-mor! Não me compreendam mal. Devemos sempre lutar para que se repare o que consideramos injusto. Acredito profundamente nisto. É só uma constatação e um desabafo de preocupação no que respeita à educação escolar da minha pipoca. Contudo, tento colmatar estas faltas todas com exercícios caseiros e comparência à escola, mesmo que fosse encaminhada para outra turma. Mas, desta vez, ela até foi a primeira a dizer que queria ir, o que me deixou deveras surpreendida, embora muito contente. Percebo que o facto de ter calhado na turma da Prof. A. e do G. (seu amiguinho de eleição), e uma visita de estudo pelo meio, tenham sido factores determinantes para esta mudança de atitude. No geral, anda mais calminha e mais madura. Espero que não seja apenas mais uma pequena fase e que desta vez seja para durar. Ontem, para o tal exame médico, tivemos que esperar cerca de duas horas. Levámos "auxiliares de espera", é claro! Entenda-se por "auxiliares de espera" uma pequena montanha de livros e a PSP com o jogo My Little Big Planet. Ajudou também a passar o tempo uma máquina doseadora de água, que exerce sempre uma forte atracção com a M.. Isto tudo aleado à simpatia natural do pessoal médico e auxiliar fez com que, no final, sendo necessário que a M. fiqcasse bem quietinha para que o exame corresse bem, ela... et voilá... CONSEGUIU!!! E à primeira tentativa! Foi muito bem. Fez tal e qual como lhe mandaram. E a premiar a sua boa performance, recebeu dois bonequinhos destes. Como já tinha um (a bailarina), fez uma festa de Danoninhos ao chegar a casa. Está a crescer! E eu gosto de ver isso.



Ahh, já repararam que fomos almoçar ao MacDonal's, claro! :)
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