29 dezembro 2007

A Biblioteca da M. IV - os livros do sapatinho


Nos presentes de Natal, os livros tinham que estar incluídos! Primeiro porque acho absolutamente crucial para estimular o gosto pela leitura nas crianças, e depois porque a M. os adora.
E, sem dúvida, uns dos seus favoritos são os do Rato Renato. Desta feita oferecemos-lhe "O Rato Renato diz mentiras" e "O Natal do Rato Renato". Ela gostou tanto do primeiro que decorou a história num ápice e já era ela que a contava a toda a gente (bonecos incluídos)! É basicamente uma história cuja moral é: "Coitadinho do mentiroso, mente uma vez mente sempre. Mesmo que diga a verdade, todos lhe dizem que mente!". Ela já interiorizou esta parte, agora está com dificuldade é em admitir que por vezes diz mentiras!!!
Nestas imagens pode ver-se um dos ralhetes que a mãe ratinha teve que dar ao Renato por causa das suas mentiras e no final a família de novo feliz.

O livro do Natal começa por ser um conto clássico, onde a criança espera ansiosa pela hora de ver os presentes, fala dos típicos cheiros característicos que saem da cozinha por estas alturas e inundam a casa toda (como eu vos disse neste post é uma nostalgia recorrente para mim, os cheiros da infância, e os relacionados com o Natal na terra da minha mãe são certamente dos mais fortes) e da cartinha que, mesmo sem saber escrever, o Renato 'desenha' ao Pai-Natal. E é uma excelente ideia, porque os miúdos costumam recortar os catálogos de brincquedos das grandes superfícies e colar o que querem de presente numa carta, mas seria bem mais engraçado se desenhassem. Mostro-vos aqui três cartas feitas pela M. com a minha ajuda para o Pai-Natal. A primeira com 3 anos:

Esta com 4 anos:

E esta é a deste ano e foi atrasada, mas isso não interessa nada!!! (Cliquem para ampliar para poderem ler as traduções e já agora informo que, na linguagem da M., "modinhas" significa maquilhagem.)

Mas continuando a falar n'O Natal do Rato Renato, saliento a tentativa de implementação do espírito natalício e simultaneamente a crítica às sociedades actuais que quando vêem alguém a pedir ajuda desviam o olhar para não ver. Talvez isso seja também um pouco culpa de alguns falsos mendigos que por vezes se atravessam nos nossos caminhos, mas isso seria assunto para "O Rato Renato diz mentiras". O facto é que na aventura natalícia, o Renato depara-se com um passarinho que lhe pede o cachecol pois está ferido e com frio. O ratinho ignora-o mas no dia seguinte, arrependido, corre à sua procura e acaba por salvá-lo.

Gosto da colecção do Rato Renato não só pelas mensagens que são sempre muito adequadas e bem explícitas, o que nem sempre acontece (por vezes os autores perdem-se na história e no final ficamos sem perceber bem qual era o objectivo), mas também por nenhum pormenor ficar relegado ao acaso. Isso nota-se, por exemplo, nas brincadeiras do Renato que são normalmente educativas. Como exemplo mostro-vos o ratinho deliciado com um livro e entretido a fazer construções.

Gosto também dos quilts. Fazem-me lembrar livros e ilustrações de outros tempos onde eram mais comuns. Para o outro post sobre os livros do Rato Renato também fotografei um quilt e lembram-se deste da M.?

Nota bibliográfica:
Livros das Edições Asa. Texto Original de Anna Casalis e ilustrações de Marco Campanella.

Por último, e quase que me esquecia, quero falar-vos de "O Hospital dos Animais". Não foi bem prenda de Natal. Ofereci-o à M. quando ela esteve no hospital, porque queria ter histórias novas para a animar, e achei que este tema era bem apropriado. Gostei também imenso das ilustrações. Mas talvez pela indisposição da doença ela não gostou. Acho que foi a primeira vez que ela recusou um livro. Já estava resignada a ir trocá-lo no dia seguinte. Mas ela mudou de ideias e agora está sempre a querer histórias dele. Tem vários contos, todos tendo em comum os personagens do hospital, dotados de um sentido de humor por vezes não muito directo, o que talvez não seja muito adequado para a idade da M.. Mas ela gosta! E pede-me sempre mais uma história na hora de deitar. Há até uma cena de que ela gosta particularmente que é a greve dos coelhos-enfermeiros.

Nota bibliográfica:
Livraria Civilização Editora. Texto original de Fabrice Lelarge e ilustrações de François Ruyer.

4 comentários:

sistasantista disse...

Olá, Ana Paula!
Gostei muito da postagem! O presente de Natal do meu sobrinho também é um livro, o único problema é que vai chegar muito atrasado.
Passei por aqui para desejar um feliz ano novo para você e sua família. Espero que 2008 reserve ótimas surpresas para vocês.
Informo também que a votação para a escolha do nome do amigurumi já começou no meu blog e vai até o dia 19/01.
Beijinhos, linda!
Telma

Célia Jordão Alves disse...

Olá! Vim deixar-te um beijinho e dizer-te que gostei muito de te conhecer este ano.

Quero dar-te os parabéns pelo teu blog e agradece-te pelas boas dicas e pela boa disposição que aqui deixas.

Não sei como não me lembrei de escrever a carta ao pai natal com o meu filhote que tem quase 3 anos e que até sabia perfeitamente o que queria... acho que não estou nada na onda do espírito natalício e até me sinto mal por lhe espetar esta peta do pai natal. :-( Menos mal que ele anda fascinado com o velhote. :-D

Beijocas. Muitas felicidades e muita saúde para ti e para a tua família.

DÉBORA DE JESUS LOPES disse...

Olá passei para desejar um excelente 2008, criativo e feliz e aproveitar para agradecer sua amizade virtual em 2007, com votos de que ela se fortaleça em 2008.

Anónimo disse...

Por favorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr, onde posso adquirir ou comprar os livrinhos do Renato Rato. Sabe? É para presentear meu marido que se chama Renato Rato há exatamente 54 anos, ficaria muito feiz com sua resposta. Desde já agradeço. ana Paula Costa. anna-costta@hotmal.com

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