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Fui "tagged" pela Bellitia e pela Micá no meu Flickr. Obrigada meninas e aqui estão as minhas respostas, tanto tempo depois, mas com boa vontade! A imagem não pôde ser apenas uma foto, como irão perceber pelo que escrevi. Não consigo definir-me em apenas uma. Mas isto é um excelente exercício de auto-avaliação, demora um bocado de tempo mas é gratificante. Por isso, desafio quem estiver disposto a isso a fazê-lo. E ouçam esta menina enquanto me lêem, pode ser?


[Corinne Bailey Rae - Put Your Records On]

1- Nasci na Estrela, em Lisboa, sou alfacinha portanto e tenho 34 anos. Talvez por ter nascido na Estrela ande sempre de cabeça na Lua. Pelo menos é essa a minha desculpa. Qual é a vossa? ;o)

2- Tenho uma filha que todos os dias me faz sentir viva, para o melhor e para o pior.

3- Licenciada em Comunicação Social, há muito perdi a esperança no mercado de trabalho em Portugal. E com as evoluções que o país tem tido ultimamente essa esperança não tem sofrido alterações.

4- Perfeccionista por natureza, muito exigente comigo e com os que me são mais próximos.

5- Muitos interesses, simultâneos e muito variados. Sinto que me perco com isso.

6- Gosto de ver/ouvir muita arte, coisas bonitas que me encham a alma, me inspirem. Mas odeio quando tento fazer algo de meu e me sai tudo muito “colado” a algo que adoro. Não o faço, sinto-me mal, é como se estivesse a profanar algo que considero perfeito ou perto disso. É por isso que por vezes o processo criativo para mim é bastante doloroso. Principalmente quando escrevo.

7- Desde que passei a ser mãe sou muito mais emocional e passei a gostar de cor-de-rosa, que detestava! Não sei o que me deu, foi de um momento para o outro ainda na gravidez. Mudei muito! Acho que os sentimentos já cá estavam, mas tão escondidos que até me considerava uma pessoa algo fria e bastante controlada. Olhando para trás agora, parece-me horrível!

8- Tenho aprendido ao longo dos anos a não permitir que qualquer pessoa me deite abaixo. Aceito críticas, dou-lhes muita atenção, críticas construtivas, estudo-as até. Mas sou selectiva acerca de quem permito que me critique. Sei que isto parece arrogante, mas não é! Se pensarem bem, não é qualquer pessoa que tem autoridade para criticar.

9- Gosto de me arranjar para mim.

10- Adorava ter irmãos.

11- Tive uma infância e adolescência felizes e por isso sou um pouco saudosista em relação a esses tempos. Por vezes fico triste quando percebo que não se pode fazer o tempo voltar para trás.

12- Seja Verão ou Inverno, ao pequeno-almoço tenho que beber sempre algo quente para hidratar a garganta que acorda sempre seca e áspera.

13- Amo música! Noutra vida quero ser cantora! Nesta, a minha extrema timidez impediu-me. Admiro muitíssimo quem também sendo tímido conseguiu superar esse facto e consegue subir a um palco para cantar em frente a outras pessoas (sejam muitas ou poucas, para mim é igual – são pessoas!). Acho que representar até conseguiria, mas cantar nunca. A voz é a primeira coisa a falhar quando estou nervosa. E além disso acho que tenho um aparelho vocal demasiado frágil. Qualquer nervosismo a mais, qualquer stress, qualquer friozinho me faz alterar a voz e por vezes até ficar afónica.

14- Sou Gémeos de signo, muito diferente de outros (o marido por exemplo), mas sou tão “múltipla personalidade” que só pode ser “culpa” do signo! :o)

15- A imagem fascina-me. Sou fotógrafa também (entre muitas outras coisas) mas actualmente sem tempo para mergulhar por esses “mares”.

16- Por último, mas na sequência do ponto anterior, sonho com o dia em que me poderei embrenhar em algum projecto/pesquisa seja ele de pintura, fotografia ou escrita, como o pude fazer quando era solteiríssima, livre e desimpedida, com tempo de sobra para tudo e quando a minha única chatice era não saber o que fazer com tanto tempo. Então podia ir fazendo, fazendo e refazendo o mesmo desenho. Estudo após estudo. Levantar cedo para assistir aos Sol nascer de cima do meu telhado e observar as variantes cromáticas nos telhados vizinhos e assimilar essa magia para que se reflectisse nos meus desenhos, na escrita e também na fotografia. Era o tempo em que dormir era sonhar novos projectos, e acordar cheia de energia para os pôr em prática como se não houvesse amanhã. Dormia tarde e acordava cedo. A minha mãe costumava dizer que eu era o “galo da manhã”! :o) Invejo os artistas que mergulham na sua arte e se alheam de tudo o resto. Mas ao mesmo tempo acho-os uns egoístas e a última coisa que quero é ser como eles!

Como vêem, isto está a tornar-se redundante. Lá vem a história da dupla personalidade outra vez. Sinto que para mim foi um exercício muito gratificante responder a este desafio. Mas ainda bem que terminou!

Além disso a vida espera-me. Já a deixei pendurada demasiado tempo. Agora tenho que correr!

Arggg!!!

(Enquanto estive a escrever, tenho estado a ouvir James Morrison, as antigas e as novas. Agora, a terminar, estava a dar “Call The Pollice” que era exactamente a que me apetecia ouvir no final desta "viagem". Explicar-vos-ei porquê num post que tenho querido fazer sobre o James. Gostava que fosse o próximo, mas como sempre o tempo vai ter a palavra final nessa matéria.)