Ando tão arredia por estes tempos! Saudades, mesmo.
Mas enfim, vai-se fazendo o que se pode.
Por hoje, trago-vos uma pomba da paz, feita num misto de técnicas. Um pequeno retalho de tecido que a M. levou para a escola, com a finalidade de integrar uma manta.
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E a questão do til (~) ainda não está esclarecida na minha cabeça. Ainda não tive tempo para investigar à séria. Quem quiser contribuir para o meu esclarecimento, faça o favor de clicar aqui. Obrigada!
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Não quero terminar o post de hoje, sem antes referir e homenagear um artista que (tal como este) também me reporta aos meus tempos de estudante de artes, e que desapareceu desta vida há dois dias atrás. Recordo uma exposição*, salvo o erro no CCB, que visitei com a melhor amiga de então e companhia habitual nas visitas a exposições e museus. E uma outra, uma das minhas primeiras visitas em dia de inauguração, de que não gosto nada, numa galeria lá para os lados da Trindade (Lisboa). É ele Ângelo de Sousa, que me surpreendeu ontem, com um documentário que adorei na 2:. Deu-me vontade de hibernar, de me tornar eremita e ficar horas a fio a desenhar, pintar, explorar técnicas e processos, repetir vezes sem conta até que a exaustão do motivo me diga quando parar... Coisas que conto vir a fazer num futuro ainda longínquo, quando for velhinha e menos responsável dos que me rodeiam. Fiquei também com vontade de me embrenhar pela arrecadação adentro, em busca de esquissos antigos, desses tempos em que experimentei entregar-me, na quase totalidade de horas que tinha o dia, à arte. Mas a falta de tempo de agora não mo permitiu. Quem sabe em breve e aí, já sabem que vos mostrarei alguma coisita. Mas por agora vejam aqui muitas obras de Ângelo de Sousa, dos vários caminhos que percorreu ao longo do seu grande percurso pela arte.
* Desta exposição em particular, mostro-vos uma das obras do Ângelo, que me revoltou muitíssimo na altura e ainda hoje me revolta. Revolta porque me enche de inveja. E talvez neste assunto seja das únicas vezes em que a inveja em mim não é "da boa". Porque também eu queria poder dedicar-me de corpo e alma a um experimentalismo tão atroz. Sem medos de que me considerassem louca por valorizar uma expressão a que muitos outros pudessem não atribuir valor algum, mas que "os meus pares" afirmassem ser "arte".