04 junho 2007

episódio do candeeiro

Vêem como ele ficou? Isto era um candeeiro de sala, velhinho mas ainda assim inteiro!... No outro dia a M. estava a brincar na sala, enquanto eu preparava o jantar, como de costume. De repente ouço um barulho, como que da queda de muitas peças pequeninas se tratasse, e acorri a ver o que se tinha passado! O ruído parecia uma cascata de pedrinhas pequeninas. Na verdade, nem foi um estrondo por assim dizer! Corri imediatamente para a sala, mas confesso que não estava alarmada. Curiosa era o adjectivo mais adequado. Quando cheguei não queria acreditar no que vi. O candeeiro tombado no chão, ao lado da mesinha de centro e, o mais importante, a M. de pé do outro lado da mesa, meio assustada, mas aparentemente bem. Agarrei-a nos meus braços de imediato e perguntei-lhe se estava bem. Ela respondeu que sim.
Pensei que o candeeiro tivesse caído sozinho. Estranho, mas acontece! Mas mesmo assim, perguntei-lhe o que tinha acontecido. Ao que ela me respondeu que tentou fazer a foquinha agarrando-se ao candeeiro e este caiu. O candeeiro tem uma bola de cristal no centro e, por vezes, quando ela era mais bebé, pegávamos-lhe e ela tocava com o nariz na bola, como as focas de circo. Pelos vistos ainda não se tinha esquecido da graça e como já se sente "média", como ela diz, e não mais bebé, deve ter achado que podia aventurar-se sozinha. Pendurou-se e o candeeiro caiu-lhe na cabeça.



Depois de muito procurar, só lhe vi um pequeno arranhão na testa, tão pequeno que acho que nem se deve chamar de arranhão. Mas fiquei deveras intrigada. Como foi a queda do candeeiro? Que ela se tinha pendurado, tinha lógica, mas o que não fazia sentido era como teria um candeeiro que é bastante pesado caído em cima de uma criança de 4 anos sem lhe fazer nenhum estrago. Na mesinha directamente era certo que não tinha caído porque senão o tampo de vidro da mesa ter-se-ia partido certamente...
Fazendo uma segunda perícia à cabeça da M. lá descobri um ligeiro galo acompanhado de esfoladela no alto da cabeça. Apesar de ela não ter nenhum dos sintomas de alarme no caso de traumatismo craniano, fomos às urgências com ela para ter a certeza de que estava tudo bem.



Bom, e agora que já se passaram mais de 72 horas, continuo incrédula mas muito feliz por tudo o que resultou do incidente ter sido um candeeiro torto, com uma ou duas lâmpadas partidas e uns cristais espalhados pelo chão da sala.

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